Alojamento Urbano Crescimento
Os municípios, especialmente nas cidades em rápido crescimento do Sul Global, devem agora preparar as suas cidades para acomodar o seu crescimento previsto, tanto através de estratégias simples, mas abrangentes, de densificação, como através de um planeamento pragmático e baseado em provas para uma expansão urbana produtiva, inclusiva e resistente ao clima. Este curso fornece o quadro conceptual, as metodologias, a evidência estatística, os estudos de caso, e as leituras necessárias para obter tanto o conhecimento como a confiança para planear e implementar estas estratégias.
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Por cada novo residente urbano no Norte Global, as cidades do Sul Global terão de acolher 18 novos residentes entre 2020 e 2050. Estes novos residentes urbanos precisam de espaço para viver e trabalhar, e o novo espaço é criado através da densificação das áreas urbanas existentes e da expansão urbana para novas áreas periféricas.
As cidades têm agora de se preparar para ambos, porque no passado recente - de 1990 a 2014, por exemplo - apenas um quarto da população acrescentada às cidades foi acomodada através da densificação das suas áreas de implantação de 1990 e três quartos foram acomodados através da expansão.
Este curso fornece as linhas gerais de uma nova estratégia abrangente para promover a densificação das áreas urbanas, centrada nos sete factores mensuráveis que constituem a "Anatomia da Densidade".
Também fornece uma abordagem pragmática para uma expansão urbana produtiva, inclusiva, sensível ao género e resistente ao clima, centrada na proteção dos ecossistemas naturais, na criação de corredores arteriais para transportes públicos e infra-estruturas, no incentivo a densidades mais elevadas ao longo das principais artérias e na adoção de regulamentos que permitam uma melhor conceção dos bairros, promovendo a facilidade de deslocação a pé, a acessibilidade económica, o acesso a espaços abertos e a utilização mista dos solos.
Objectivos de Aprendizagem
para a expansão urbana sensível ao clima.
Compreender o desafio de acomodar o crescimento urbano nas cidades do Sul Global ao mesmo tempo que mitiga e se adapta às alterações climáticas.
Tornar-se proficiente na metodologia da Anatomia da Densidade para criar uma estratégia de densificação abrangente baseada em provas para uma cidade.
Definir a oportunidade
Aprender como encontrar o limite urbano, como estimar as necessidades futuras de terra, e como identificar as terras necessárias para a expansão urbana verde.
Aprenda a estabelecer redes de infra-estruturas arteriais e a criar novos bairros verdes em áreas de expansão.
Curso num relance
O curso é composto por ±100 vídeos curtos, introduzindo conceitos e métodos, conjuntos de dados, estudos de caso, resumos de leituras e exercícios.
Duração
8 horas
Instituição líder
Línguas
Inglês, Francês, Espanhol, Português, Indonésio Bahasa e Mandarim Chinês
Certificado
Certificado personalizado fornecido após a conclusão do curso
Esboço do Curso
Esta secção reúne o desafio de acomodação do crescimento urbano e o desafio de mitigação e adaptação às alterações climáticas em cidades em crescimento, agora localizadas em grande parte no Sul Global. Revisa as experiências recentes das cidades com as alterações climáticas, as formas precisas como a agenda climática deve informar a futura forma urbana, e o que os municípios podem fazer e estão a fazer para enfrentar as alterações climáticas com os assentamentos informais em mente. Analisa depois as formas como os decisores políticos enfrentam o crescimento urbano inevitável e a sua expansão concomitante e concentra-se na necessidade de acomodar o crescimento futuro, tanto através de uma densificação eficaz como através de uma expansão urbana verde planeada. A secção termina com a revisão das tendências de urbanização e a estimativa das necessidades futuras de espaço nos países e cidades.
Esta secção introduz a Anatomia da Densidade, uma nova metodologia para estudar, medir e agir sobre a densidade urbana. Esta abordagem baseia-se na análise da densidade urbana como um produto de sete factores: (1) quota-parte residencial do uso do solo, (2) cobertura média dos lotes residenciais, (3) altura média dos edifícios, (4) a eficiência das plantas dos andares, (5) a dimensão média das unidades habitacionais, (6) a taxa de ocupação, e (7) o número de pessoas por unidade habitacional. Apresenta e discute uma estratégia abrangente de densificação de uma cidade com base na medição e atendimento a cada um destes factores. A densificação benéfica não é alcançada à custa de preços acessíveis, preços elevados dos terrenos, sobrelotação ou congestionamento. Conserva espaços verdes e aumenta a utilização dos transportes públicos.
Esta secção é a primeira de quatro secções dedicadas ao planeamento da expansão urbana. O desafio do planeamento da expansão deve necessariamente centrar-se no Sul Global, onde muitos países ainda estão a urbanizar-se. Esta secção analisa as práticas de planeamento urbano no Sul Global, a sua história e a sua singularidade, dada a experiência vivida de informalidade, escassez de recursos humanos e financeiros e fraca aplicação da lei. Procura demonstrar que a expansão urbana verde planeada permitirá fornecer infra-estruturas básicas, operar transportes públicos eficientes, encorajar a ocupação urbana contígua, reduzir a ocupação em áreas de alto risco e manter as cidades seguras para andar a pé e de bicicleta.
Esta secção concentra-se em encontrar o limite urbano no espaço geográfico - com expansão urbana na mente - e em obter jurisdição de planeamento sobre áreas de expansão projectadas. A secção introduz e discute diferentes métodos para definir e cartografar os assentamentos urbanos. Fornece instruções para cartografar a orla de uma cidade no espaço geográfico e identificar a sua periferia rural, onde é provável que ocorra a expansão. Em seguida, introduz os vários meios de obter jurisdição sobre toda a área de expansão, com vista a prepará-los para a sua expansão projectada, apresentando quatro estudos de caso de cidades e as suas jurisdições alargadas.
O planeamento bem sucedido da expansão urbana não pode ser baseado em adivinhações ou em desejos. Esta secção fornece os conceitos e ferramentas analíticas necessárias para fazer estimativas realistas das necessidades de terra de uma cidade nos próximos trinta anos. Introduz tanto teorias como provas empíricas que explicam como e porquê as cidades se expandem. Explica os métodos para definir e medir a expansão e fornece modelos opcionais para utilizar estas técnicas para fazer projecções da área futura de uma cidade. O principal risco político e económico no planeamento da expansão urbana é a oferta insuficiente ou a oferta excessiva de bens públicos nas áreas de expansão. Ambos são dispendiosos. Estimar com precisão as necessidades futuras de terra de uma cidade é, portanto, de enorme consequência.
A expansão urbana verde é, antes de mais, uma expansão urbana planeada e organizada, em que as autoridades municipais - em cooperação com as principais partes interessadas - são proactivas na orientação e gestão do processo de expansão. O objetivo desta secção é equipar os funcionários municipais com os conhecimentos relevantes e as ferramentas práticas necessárias para identificar as áreas necessárias para a expansão urbana verde nas periferias das suas cidades. Centra-se nos quatro princípios básicos que orientam a identificação de terrenos para expansão e no mapeamento dos riscos climáticos e serviços ecossistémicos nas áreas de expansão.
Esta secção fornece o quadro conceptual, as provas, e os métodos práticos para se envolverem em três acções-chave que os governos municipais devem agora empreender para preparar as suas periferias para a expansão urbana sensível ao clima. Em primeiro lugar, os municípios, com intervenientes relevantes, devem planear e assegurar direitos de passagem para uma rede de infra-estruturas arteriais de estradas largas, regularmente espaçadas por toda a área de expansão, e criar mecanismos para o seu financiamento. Em segundo lugar, os municípios devem criar planos de acção para proteger grandes espaços públicos abertos do desenvolvimento. Terceiro, os municípios devem abordar o desenvolvimento de bairros na área de expansão utilizando um quadro regulamentar simples para a concepção de planos de rua locais, a subdivisão de terrenos em parcelas, a utilização de parcelas, e a densidade de desenvolvimento tanto em assentamentos formais como informais.
Esta secção conclusiva tem quatro vertentes: (1) A acomodação do crescimento urbano já não pode ter lugar sem responder às alterações climáticas; (2) O planeamento da densificação deve envolver mais do que conter a expansão urbana, exigindo uma estratégia abrangente de densificação; (3) As cidades não podem planear a expansão apenas depois de esgotar o potencial de densificação; e (4) O planeamento da expansão urbana verde envolve cinco etapas simples: (a) identificar a orla urbana e obter jurisdição sobre a área de expansão; (b) estimar a área necessária para a expansão nos próximos trinta anos; (c) identificar terrenos para expansão urbana verde; (d) preparar uma rede de estradas arteriais em toda a área de expansão; e (e) criar o ambiente regulador para a emergência de bairros verdes sustentáveis, de uso misto, orientados para o trânsito, na área de expansão.
Autores do curso
INSTITUIÇÕES COLABORADORAS
